e falta de filha acostuma?
sexta feira, 07/10
esses dois ultimos meses não foram mesmo muito faceis.e a ultima semana então...nem se fala. nervos à flor da pele. ansiedade, medo, instinto de proteção. saudade demais da conta e pra completar os planos que mudam a cada dia. ansiedade, medo. nervos a flor da pele.
queria ta com ela nesse aniversario estranho.o primeiro tão longe. e só. planejei diferente. ela também. precisa fazer 22 anos assim, em clima de despedida?mas tento olhar pro outro lado, desviar a atenção e penso q vida nova precisa de lugar novo. então, é bom fazer 22 anos em clima de despedida. lugar novo, vida nova.
penso na festa daqui. entrar no quarto dela e acordar c uma bandeja de cafe da manha com nescau, sandwish e bolo, penso no movimento q ia começar de manha, no telefone que não ia parar de tocar, nas combinações sem fim pra decidir o lugar, no banho comprido, na zuada do secador, telefone tocando de novo, : ja vou. to quase pronta. mãe tá bom? será que fica melhor assim? ah não lana, tu vai mudar de novo???ta certo. ja sei. tenho q me acostumar. e falta de filha acostuma?
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ai chego em casa em cima da hora. sabado. dia do aniversario do raphaelzinho. apressada, subi as escadas correndo e encontrei o diego no telefone. mãe, fala aqui.
-mãããããe
-oi amor, diz
-to aqui. a viagem foi otima
-ave...graça a deus-trouxe toda a minha bagagem. coube tudo no carro.
-ei mae, to chegando em n york. to vendo a ponte. é linda!
enfim chegou. pra se mudar de novo. e a ponte tem luz so pra iluminar o seu caminho. a ansiedade baixou, mas a saudade continua aqui, cada vez mais passando da conta.
seja feliz filha. te amo demais.
posted by marcia @ 7:59 PM
7 Comments:
Melanie Alamo disse...
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8:49 PM
Marco Aurelio disse...
Oi Marcia
Descobri seu blog e resolvi fazer um comentario.
Vc realmente ta bastante saudosa da Lana,mas acho que agora ela ta mais perto de voltar, e não vai dar tempo de acostumar a falta da filha,pois logo logo teremos a Laninha entre nós.
Beijos
9:38 AM
Marcelo Dutra disse...
Oi linda
Nem sempre a felicidade bate à nossa porta. Muitas vezes é necessário buscá-la, persegui-la, e mesmo quando alcançada ela não para quieta. temos de amarrá-la, passar cola, e lutar para que fique por perto. Ela é fluida, fugidia, transparente e tenta escapar sempre. E muitas vezes após todo esse esforço, percebemos que ela estava mais próxima. Mas como sabê-lo?
Essa é a natureza da vida. A busca da felicidade e do bem-estar é inerente ao ser humano. E a vida nos premia conforme nosso esforço, pois o esforço valoriza o objeto da busca.
Creio que nossos pais já sentiram isso(a distância dos filhos) e nossos filhos também sentirão um dia. Mas não esqueça que não basta a presença física. Essa presença que você sente nas coisas simples do dia-a-dia é fundamental. E é a única que permanece.
Muitos beijos...
3:12 PM
Anônimo disse...
Márcia querida, você é muito generosa. Passe nas memórias que tem um recado para vc. amei os comentários dos manos , ainda tem muita coisa que êles não sabem...
beijo grande
Ritinha
4:34 PM
Barbra Brusk disse...
meu amorzinho,
eu acho que falta de filha eh igual a falta de mae.
falta de filha nao passa, eh dor e orgulho, eh amor em excesso. em todos esses meses que eu passei fora descobri que a casa da gente nao eh dificil de achar, que o colo da mae eh sempre mesmo, disparado, o melhor. a lana eh muito sortuda em ter descoberto desde cedo (POR QUE SERÁ, HEIN?) que mãe eh sempre um porto seguro, um bau de segredos, um conforto enorme para compartilhar tudo. lembro sempre de que, quando eu era menor, queria ser como voces duas. talvez a mamae sempre tenha estado de bracos abertos e eu que me fechava, com medo de reprovacao, porque sei que eh dificil entender a vida das filhas quando as maes foram educadas em outros tempos, talvez mais rigidos em alguns aspectos, mais livres em outros. hoje estou tao feliz em poder contar com a minha ritinha em tudo, de falar com ela sobre as coisas mais lindas, mais feias, mais limpas e sujas, ouvir conselhos as vezes preocupados demais, as vezes relaxados... acho ate que depois que comecei a contar segredos ela se abriu mais tambem. ontem estavamos no carro e diante de uma confissao que eu fiz sobre o canada ela soltou do banco do passageiro, na volta do monte klinikum: besteira, nana. eu ja fiz isso tambem.
ai eu so fiquei calada e ri... nao havia o que dizer.
estou em casa desde ontem, queria te ver, tambem. amanha vou visitar tia wal. quero te dar um abraco bem apertado. nao sei ainda o que eu vou fazer, se eu vou, se eu fico, se tudo.
e, voltando aa falta de filha, eu sei que eu nao preciso lhe dizer o lado bom disso tudo porque voce eh muito mas muito mais inteligente do que eu.
aprendi a amar voce no automatico, por causa do que eu ouvi, vi e senti sobre a relacao de voce e da mamae desde crianca.
um beijo bem grande. beijo na lana.
mariana
4:49 PM
igordutra disse...
Vou falar pra minha mãe ler o seu blog. Multiplica esse sentimento de falta de filhos por dois!
Muito legal e agradável de ler o seu blog tia márcia.
Um beijão
Igor
5:47 PM
Anônimo disse...
Marcinha,
Vc escreve com a alma e com a emoção não só sua, mas tb de outras mães inclusive eu, que não se acostumam com a falta da filha. E é mesmo pra se acostumar? A certeza da felicidade dela é apenas um fator que nos ajuda a compreender e aceitar a ausência mas nunca se acostumar
Bj na Lana, torço por ela. Parabéns pela grande mulher que vc é.
bjs
Walhirtes
4:11 PM
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